– A quem buscais?
– Mestre, onde moras? – responderam eles.
– Vinde e vereis – disse-lhes Jesus.
Foram, viram onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Eram as quatro da tarde (Jo 1, 38-39).
Este diálogo sempre me impressiona e nele como que me revejo. Bastou a André e a João ouvirem o Batista testemunhar que Aquele que estava a passar era o “Cordeiro de Deus”, para seguirem Jesus. Não puseram qualquer reserva, não precisaram de qualquer esclarecimento suplementar. As palavras do Batista estavam alicerçadas na sua conduta, na sua vida, convenciam.
E Jesus, sentindo-os, olhando-os, também não usou de rodeios: “A quem buscais?”
Buscamos-te a Ti – responderam um pouco intimidados. Queremos falar contigo, queremos conhecer-te. Podes receber-nos em tua casa? “Onde moras, Mestre?”
“Vinde e vereis” – respondeu-lhes Jesus, com um sorriso franco, aberto.
Certamente que Jesus não os levou para Nazaré… Qualquer gruta poderia servir-lhe de abrigo. Simpatizava com grutas…
E aí ficaram a tarde inteira, escutando as palavras de Jesus, mergulhados no seu olhar, olhar profundo, amigo, onde vislumbravam um mar de pescarias…
Desde esse dia, Jesus passou a ser para eles Caminho, Verdade e Vida.
Ir. Maria Helena Moreno
S. José de Cluny