No dia 04 de novembro do ano 2024, na Biblioteca Municipal de Beja, podemos assistir ao lançamento do livro: “Não deixem que esta luz se apague” com coordenação e apresentação de Drª Ana Paula Figueira, Investigadora Integrada na Empresa Instituto de História Contemporânea e Drª Catarina Pazes, Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos.

Nota de Abertura da Congregação das Irmãs Oblatas do Divino Coração, Beja

Quando o divino toca o humano

A luz é para ser posta em cima da mesa (cf. Mt 5, 15) dizia Jesus, para que ilumine toda a sala. Por isso surge este livro.

A Irmã Céu é uma lâmpada, ardente e luminosa, e nós, por um instante, pudemos alegrar-nos com a sua luz. (cf. Jo 5, 35)

Nasceu na Guarda, no dia 4 de novembro de 1965 e foi baptizada poucos dias depois com o nome de Maria do Céu Martins Valério. Dentro dela a pequena chama da fé, transmitida pela sua família, foi sendo alimentada pela vivência cristã do meio em que vivia.

Mas foi na Congregação das Oblatas do Divino Coração que encontrou o lugar onde, na sua entrega generosa a Deus, essa chama se fortaleceu, iluminando a vida daqueles que se cruzaram no seu caminho.

As Oblatas do Divino Coração nascem no coração do Alentejo, no contexto do movimento de restauração da Diocese de Beja, respondendo ao desafio do seu Bispo, D. José do Patrocínio Dias.

A diocese necessitava de pessoas que tornassem a sua vida oferta à Igreja, através de uma vida espiritual intensa e da ação social e evangelizadora. Um pequeno grupo de JOVENS MULHERES aceita assim viver, em pequenas comunidades, a oração, a evangelização e o serviço aos pobres.

Enamorada de Jesus, a Irmã Céu encontrou nas Oblatas, na missão desta Congregação, a sua vocação. Via no Fundador, D. José do Patrocínio, um modelo de entrega e de amor incansável aos mais pobres e aos marginalizados da sociedade.

Na missão que a Congregação lhe confiou, rapidamente identificou aqueles que para ela sempre foram os mais pobres porque mais esquecidos pela sociedade: os idosos.

Acalentava o Sonho de ver nascer um lugar de Promessa, onde os idosos pudessem encontrar um verdadeiro “LAR”; onde não faltasse aconchego, onde pudessem ser

cuidados, respeitados e amados, vivendo em pleno aqueles que são os últimos dias das suas vidas. Um lugar precioso para o coração.

E este sonho foi também sonhado pelas Oblatas e tornado realidade: assim, em Beja, nasceu o “Lar D. José do Patrocínio Dias “

Neste lugar dir-se-ia que a luz se tornou mais forte, talvez porque se consumia totalmente… cada vez mais entregue àqueles que lhe foram confiados, porque cada vez mais entregue a Deus.

A Irmã Céu, abraçando a missão que a Congregação lhe confiara, com uma equipa que partilhava a sua paixão pelos idosos, concretizou plenamente o carisma das Oblatas: EVANGELIZAR E REPARAR. Levar Jesus e levar amor onde falta o AMOR.

Durante a vida da Irmã Céu foram muitos aqueles que, por ela foram tocados e iluminados e se puderam alegrar com a sua luz. Isso mesmo podemos ler nos seus testemunhos.

Compete agora a cada um de nós, que temos nas mãos este livro, NÃO DEIXAR QUE A LUZ SE APAGUE!