Olhares… também eu fui cativada por um olhar. Atrás desse olhar estava alguém, estava uma pessoa, Jesus Cristo. Um dia, Ele fitou em mim o olhar e disse: “Vem e segue-Me!” (Lc 18, 22). Estas são as palavras que revolucionaram a minha vida e me levaram a deixar os meus projetos para aderir a outros maiores do que eu.
A força deste convite irresistível fez-me mergulhar numa aventura que terá o seu fim na eternidade. Procurar Aquele que me chamou e chama, dentro de mim e à minha volta, descobrir e saborear o seu amor por mim.
Este é o amor que sacia as minhas sedes, “quem beber a água que Eu lhe der, nunca mais terá sede: a água que Eu lhe der há-de tornar-se nele uma fonte de água que dá a vida eterna” (Jo 4, 14). É necessário deixar-me saciar pela água viva.
A proximidade com a frescura da fonte das águas vivas projeta-me para tantos que clamam: “Dá-me de beber” (Jo 4,7).
À medida que a peregrinação da vida se torna mais longa, mais ressoa no meu coração: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mc 6, 37). Perante esta interpelação experimento a minha pequenez e a minha incapacidade, mas ao mesmo tempo a alegria de saber que Aquele que me chama, o pode fazer em mim, “pois quando sou fraca, então é que sou forte” (cf. 2Cor 12,10).
Na simplicidade do quotidiano possa eu testemunhar com a vida: “Passar fazendo o bem à imitação do Mestre Divino, tornar felizes os que nos rodeiam, que doce programa de vida!” (Luiza Andaluz).
Ana Cristina Pereira
Serva de Nossa Senhora de Fátima