A Irmã Perpétua, Serva de Nossa Senhora de Fátima, foi enviada para o Luxemburgo em Agosto de 2008, essencialmente para trabalhar com a comunidade portuguesa migrante. Aqui fica o testemunho vocacional de quem serve aquela porção da Igreja de Cristo.Para mim, “olhar a vocação”, no ano da vida consagrada, torna-se um gozo do céu; uma oportunidade para reentrar na fonte e renovar a frescura do chamamento, escutando de novo: Vinde comigo […] deixando logo as redes, seguiram-no (cf. Mt 4, 18). É como que sentir ecoar aos meus ouvidos: És importante para mim. Eu amo-te. Conto contigo. Jesus diz isto a cada um de nós! Daqui nasce a alegria! A alegria do momento no qual Jesus olhou para mim. Sentir-se amado por Deus, sentir que, para Ele, nós não somos números, mas pessoas; e sentir que é Ele que nos chama.
Depois de alguns anos de vida consagrada, sinto uma maior consciência de que o desafio à doação, à entrega, foi algo que se foi construindo nos pilares da família, da oração, do compromisso cristão e da partilha de vida. E este chamamento continua bem presente.
Como jovem cristã senti que fui seduzida por Jesus e que esse caminho de proximidade e de comunhão com Ele, tornou-se, o meu caminho de fidelidade e felicidade. Hoje como consagrada, mais adulta, continua em mim esse entusiasmo por Jesus Cristo. Viver a consagração, em comunidade religiosa, em fraternidade e abraçar a missão no vereda dos conselhos evangélicos, é a conduta primeira que me dá identidade e sem a qual não sei viver.
Acredito que Aquele que me cativou e enviou continua apaixonado por mim e a enviar-me. No dizer do Papa Francisco, eu mesma sinto-me portadora desta missão: encontrar o Senhor que nos consola como uma mãe e consola o povo de Deus. Da alegria do encontro com o Senhor e do seu chamamento brota o serviço na Igreja, a missão: levar aos homens e mulheres do nosso tempo a consolação de Deus; testemunhar a sua misericórdia [ALEGRAI-VOS, Carta circular aos consagrados e consagradas, 4 /2014].
Esta é a história do amor de Deus para comigo.