Este ano da Vida Consagrada é uma linda oportunidade para, como consagrados e consagradas, em dinâmica de entrega e de dinamismo, nos darmos conta da beleza da nossa vocação como comunidades-em-missão. Somos enviados/as a este mundo concreto, onde escutamos o clamor dos que sofrem, o grito dos mais pobres, das vítimas da guerra, do tráfico humano, da injustiça e de toda a espécie de escravatura; mundo onde germina a esperança, a luta por melhores condições de vida; mundo que busca o pão da solidariedade, o pão da paz, o pão da dignidade, o pão da justiça, o pão partido e partilhado para a vida do mundo.
É o desafio sempre novo que o papa Francisco nos convida a concretizar: ser luz no meio da noite, despertar este mundo para os valores humano-cristãos que dão sentido à vida e que nos ajudam a “olhar” com esperança, o futuro.
Chamados/as a “ser luz e sal do mundo”, vivendo na alegria a dinâmica do Evangelho, somos desafiados/as a levar a todos o abraço de Deus, sendo presença de compaixão, de alegria, de solidariedade, de fraternidade, de ternura, junto de todos, mas sobretudo daqueles que mais sofrem.
Queremos acolher com um coração aberto a riqueza de cada povo, de cada cultura, de cada expressão de fé, de cada procura no fundo do coração humano e viver com entusiasmo o nosso ser de consagradas/os, em atitude de “saída” e de encontro.
É uma nova gramática que somos chamados/as a colocar em prática, a gramática da proximidade, do estar com, em atitude pobre, próxima e fraterna.
Busquemos ser pessoas de reconciliação, construtoras de paz e de fraternidade, mensageiras de Vida e de esperança. É o desafio sempre novo para viver segundo a “alegria do Evangelho”.
Maria de Lurdes Farinha Alves
Franciscanas Missionárias de Maria